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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Grave "doença de gatos", transmitida para humanos, assusta o Rio com 824 casos em 6 meses


Nas últimas semanas, o Rio de Janeiro tem sofrido com uma doença que atinge grande parte dos gatos da cidade

Conhecida como esporotricose, ela é transmitida por um grave tipo de fungo, chamado Sporothrix schenckii, podendo oferecer risco aos humanos por transmissão direta, na maioria das vezes por falta de assistência veterinária e controle de profilaxia do animal.
Segundo a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, o Centro de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (CPDF) e a Unidade de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (UJV) já registraram 824 casos em gatos na cidade, apenas de janeiro a julho deste ano, sendo a maioria das incidências na Zona Oeste. Uma campanha foi lançada na última semana para que o número de casos seja diminuído.
A condição é letal para os gatos, provocando graves lesões na pele. Apesar de representar riscos para os humanos, ao contrário do que acontece com os felinos, há tratamento disponível.
Quando um gato encosta suas garras em árvores, plantas, terra ou qualquer outro material orgânico que esteja em decomposição, ele pode se contaminar. Geralmente, o animal apresenta feridas profundas com pus no rosto e nos membros, que não cicatrizam e se espalham. Além dos sintomas visíveis, o gato pode emagrecer por conta da perda de apetite, isolamento, espirros frequentes e secreção em suas narinas. Há alguns poucos e raros casos de cães acometidos com a condição, portanto, é preciso ficar atento aos sinais na pele.
“Embora a esporotricose já tenha sido relacionada a arranhaduras ou mordeduras de cães, ratos e outros pequenos animais, os gatos são os principais animais afetados e podem transmitir a doença para os seres humanos”, disse o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz, em comunicado.
A transmissão aos humanos acontece de forma direta, seja com contato com áreas lesionadas, mordidas ou arranhões. A maioria dos pacientes acometidos com a doença, apresentam uma saliência vermelha nos membros ou no rosto, geralmente virando ferida. Há incidência de febre alta ou baixa e fortes dores nas articulações, precisando de ajuda médica imediata. No caso dos animais, a saúde é muito mais debilitada e, na maioria dos casos, fatal. Porém, caso seja diagnosticada precocemente por um veterinário, é possível que o caso consiga ser revertido.

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