O número de estudantes de Campinas (SP) que buscam intercâmbio deve aumentar 23% até dezembro, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo pesquisa realizada por uma empresa especializada em marketing no segmento. A cidade ocupa o terceiro lugar no ranking nacional e a estimativa da empresa é de que 11,7 mil viajem ao exterior para estudar e trabalhar.
De acordo com dados da Edufindme, a cidade ocupava o 15º lugar da lista em 2010 e saltou para oitavo, no ano passado, ao enviar 9,5 mil estudantes para fora do Brasil. Atualmente, ela fica atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro no ranking, mas supera cidades como Brasília e Porto Alegre. Entre os principais destinos buscados pelos jovens estão Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Espanha e Nova Zelândia.
A analista de tecnologia da informação Elisângela Souza conta que buscou o intercâmbio para adquirir fluência no inglês. O local escolhido para o aprendizado foi a Ilha de Malta, na Europa, região banhada pelo Mar Mediterrâneo e que tem 400 mil habitantes. Ela ficou durante um mês no local e diz que conseguiu unir lazer e cultura durante a experiência. "Eu ia todos os dias para a aula de manhã. Depois, eu saía para conhecer o país, ia à praia, ao museu", explica.
Uma das principais agências instaladas na cidade envia aproximadamente um mil estudantes, por ano, ao exterior. A maior parte do público é formada por estudantes com idades entre 18 e 25 anos, que buscam cursos de idiomas com duração média de duas semanas a um ano. A supervisora da empresa, Vera Cleto, ressalta a importância da definição de objetivos para a viagem. "Às vezes a pessoa imagina uma coisa e não será o melhor para ela. É importante que ela vá falar com pessoas que sejam especializadas e possam identificar o perfil dela", destaca.
A corretora de imóveis Deise Coelho optou por um programa em que poderá cuidar de crianças no período em que não estiver estudando. Ela irá receber em torno de US$ 200 - em torno de R$ 490 - por semana e, ao mesmo tempo, apriomorar o inglês. "Foi o melhor programa que eu achei. Faz tempo que estou procurando intercâmbio e esse caiu como uma luva", comemora.
Segundo a Edufindme, 232 mil estudantes brasileiros devem buscar intercâmbio neste ano.
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