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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

SEM LIMITES! Bombardeios da coalizão na Síria mataram mais de 500 em um mês

Os bombardeios da coalizão liderada pelos Estados Unidos na Síria deixaram 553 mortos em um mês, essencialmente membros do grupo Estado Islâmico (EI), informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).De acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, os bombardeios iniciados em 23 de setembro mataram 464 combatentes do EI, 57 da Frente Al-Nosra (braço sírio da Al-Qaeda) e 32 civis, incluindo seis crianças e cinco mulheres.A grande maioria dos combatentes do EI e da Frente Al-Nosra mortos nos bombardeios não são sírios, segundo Abdel Rahman.Os Estados Unidos e seus aliados árabes lançaram os primeiros ataques na Síria contra posições dessas duas organizações. Em Kobane, o objetivo é evitar o avanço jihadista nesta cidade curda na fronteira com a Turquia, defendida ferozmente pelas milícia curdas das Unidades de Proteção do Povo (YPG).Grande parte da cidade é controlada pelas YPG, segundo Washington. Mas os curdos, em menor número e menos armados, exigem há semanas um maior apoio externo para conter os jihadistas.Nas últimas semanas, os Estados Unidos aumentaram os ataques aéreos contra o EI nos arredores da cidade e, na segunda-feira, lançou armas e munições fornecidas pelo Curdistão iraquiano destinadas às forças curdas.Além disso, as autoridades do Curdistão devem enviar apenas 200 combatentes para reforçar as forças curdas sírias, segundo o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.De acordo com Erdogan, não houve entendimento entre a administração curda do norte do Iraque e o PYD (partido curdo equivalente sírio ao PKK turco, considerado por Ancara uma organização terrorista) sobre o número de peshmergas que deveriam lutar na Síria, acordando finalmente 200, um número relativamente simbólico.Os curdos iraquianos deverão atravessar o território turco para chegar a Kobane, com a permissão de Erdogan, que voltou a criticar nesta quinta-feira Washington por ajudar o PYD.Na quarta-feira, o Pentágono reconheceu que uma das cargas de armas e munições lançadas às forças curdas caiu nas mãos dos jihadistas.Neste contexto, violentos combates foram retomados em vários pontos da cidade de Kobane, principalmente perto da estrada de Aleppo, segundo o OSDH.

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